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sábado, 14 de novembro de 2009

. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem?

.. Sem que se consiga controlar.




Às vezes ela resolve se desencantar, pensar que tudo era uma máscara colorida, ilusão e ponto!
Mas é tudo em vão.
Ela não consegue.

Sem diversões. Sem companhias.. (ou até mesmo com tudo isso).
Tanto faz: Ela continua sozinha. Muito sozinha..
Sente falta.. Saudade.
E ainda se pega pensando que estaria melhor na presença dele,
Imaginando pela enésima vez o que poderia ter sido..
O que poderiam ter vivido.. aprendido.. sentido.. sentido.. aprendido.. vivido..

Ela não quer lembrar, mas sempre esquece de esquecer.
E enquanto não lembra de esquecer, vai à janela do seu quarto, se desfaz em pedaços (que na verdade já estavam desfeitos desde a última conversa) e sai por aquelas grades.
Voa, pedacinho por pedacinho, fazendo grande esforço, até chegar à ele.

Todos seus pedaços lá e ela se deixa repousar em cima daquele corpo que já nem lembra mais do calor que tem o dela.
Ainda assim, ela se sente contente, enquanto cada pedaço seu vai se refazendo devagar.. bem devagar.
Nesse momento, ela tem ainda mais certeza que o corpo dele tem a medida exata do dela.

Ela o vê num sono tranquilo e pensa no que ele poderia estar sonhando.
Não há sequer resquícios seus naqueles sonhos.

Então ela se desfaz e volta pra casa..

De onde não deveria ter saído.

- Essa janela deve continuar fechada.



[Ela toma um banho, 
olha pelas janelas 
e passa o resto da noite pensando 
no que poderia ser.

Ele não lembra...

Ela lembra de não lembrar...]



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